sexta-feira, 4 de março de 2011

Pedaço de carne sem vida

Que as mulheres brasileiras são mundialmente famosas por seus derrière todos sabem. Fala-se muito em exploração da imagem da mulher pela mídia. Mas também tem essas mulheres popozudas que adoram ser exploradas por estes meios de comunicação. É uma forma delas ficarem famosas, ganharem dinheiro, e ás vezes conseguirem ser apresentadoras de programas de tvs, a maioria fúteis. Não que estes bumbuns só apareçam no carnaval, ao contrário, eles vão aparecendo durante o ano com diversos nomes e motivos. A onda do momento são as dançarinas de algum cantor ou grupo de funk, as fanqueiras. Estas, se tornam independentes do seu grupo e começam a caminhar com suas próprias bundas. Mas falando em popozudas, vem à minha lembrança, as mulheres que apareceram na tv mostrando e explorando seus famosos bumbuns nos anos 80: Gretchen (Maria Odete Brito de Miranda, 52 anos, 14 casamentos, 5 filhos e Rita Cadillac (Rita de Cássia Coutinho, 56 anos), nos anos 80. Gretchen, uma cantora medíocre que se apresentava ao público, a maioria masculino, de costas cantando piripiripiri, oh mon amour...! Vendeu 12 milhões de discos. Arrebanhou multidões e o título de Raínha do bumbum. Rita Cadillac, uma dançarina de auditório que rodava o dedo de costas para anunciar o intervalo do programa do saudoso Chacrinha, tornou-se cantora e atriz pornô. Saudades delas com seus bumbuns sarados, naturais e até ingênuos. Atualmente há uma profusão de bundas-frutas,artificiais, é claro, com litros de silicones para aumentá-los. Há frutas, ops, bundas de todos os sabores: melancia, era, maçã, morango, jaca, e ornamentais também, a mulher samambaia. A maioria são dançarinas ou pseudocantoras de funk. Se as outras mulheres do Brasil reclamam, ainda não apareceu nacionalmente, somos até conivente com esta aberração e desrespeito com as mulheres que são normais. Deixamos vender uma imagem não real e longe da nossa realidade. Ou quem sabe, também sonhamos em ter uma bunda dessas. Os movimentos feministas no Brasil nunca foram tão agressivos em relação à exploração da imagem da mulher, por isso são muito usadas. Está passando a onda das mulheres frutas e agora tem outra forma de mulher; a mulher-vaca. Não a vaca indiana, sagrada, mas a mulher abatida, a do açougue, vendida aos pedaços, esquartejada. Prontinha para o consumo. Este tipo de mulher esquartejada é mais perigoso. A mulher já não é mais somente um objeto sexual. Dá a impressão que ela pode ser escolhida pelo melhor pedaço e nisso o brasileiro tem preferência: a bunda. A mulher não tem vida, não tem cérebro, não é um ser, é somente um pedaço de carne. Esse pedaço de carne não trabalha, não tem filhos, não ama, não participa da vida política do país. Agora temos uma mulher Presidente do Brasil, ela foi uma militante, lutadora pelos direitos humanos. Quem sabe algumas dessas bundas, digo, mulheres, acabem tendo consciência de que são vista apenas como um pedaço de carne, sem vida. E tornem-se represenantes das mulheres reais. Mas o que foi mais interessante mesmo é a mulher filé. Esta sim, digna dos homens brasileiros, que adoram uma carne. Talvez eles se lembrem da sua origem dos homens das cavernas, o macho carnívoro. E nos fim-de-semana,vão comprar carne para seus churrascos, sintam que estejam comprando um pedaço de mulher e alimentem seu lado sexista e machista.

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